GENESIS
– TRESPASS
Trespass é o segundo álbum de estúdio da
banda britânica chamada Genesis. Seu lançamento oficial aconteceu em 23 de
outubro de 1970, através do selo Charisma Records. As gravações ocorreram entre
junho e julho daquele mesmo ano, nos Trident Studios, em Londres, na
Inglaterra. A produção ficou por conta de John Anthony.
O Genesis, uma das mais consagradas bandas do
Rock Progressivo inglês, marca sua estreia no RAC. Como manda a tradição,
vai-se abordar a formação do grupo antes de se focar no álbum propriamente
dito.
Primórdios
do Genesis
Os membros fundadores do Genesis, o vocalista Peter Gabriel, o tecladista Tony Banks, o
guitarrista Anthony Phillips, o baixista/guitarrista Mike Rutherford e o baterista
Chris Stewart se conheceram originalmente na Charterhouse School, uma escola
particular na cidade de Godalming, no condado de Surrey, na Inglaterra.
Os cinco eram membros das duas bandas da
escola; Phillips e Rutherford estavam no The Anon, enquanto Gabriel, Banks e
Stewart constituíam a Garden Wall.
Em janeiro de 1967, depois que ambos os
grupos se separaram, Phillips e Rutherford continuaram a compor juntos e
acabaram gravando uma fita demo no estúdio caseiro de um amigo, convidando
Banks, Gabriel e Stewart a gravarem, com eles, neste processo.
Os cinco gravaram seis músicas: “Don’t Want
You Back”, “Try a Little Sadness”, “She's Beautiful”, “That's Me”, “Listen on
Five” e “Patricia”, esta, uma instrumental.
Quando eles desejaram gravar
profissionalmente, procuraram outro aluno da Charterhouse, Jonathan King, o
qual parecia uma escolha natural como editor e produtor devido a seu sucesso
com “Everyone's Gone to the Moon”, a qual foi top 5, no Reino Unido, em 1965.
Um amigo do grupo deu a fita demo para King,
o qual ficou imediatamente entusiasmado. Sob a direção dele, o grupo, com
idades entre 15 e 17 anos, assinou um contrato de gravação de um ano com a
gravadora Decca Records.
De agosto a dezembro de 1967, os cinco
gravaram uma seleção de potenciais singles no estúdio Regent Sound Studios na
Denmark Street, em Londres, onde tentaram composições mais longas e complexas,
mas King os aconselhou a optarem por um som pop mais direto.
Em resposta, Banks e Gabriel compuseram “The
Silent Sun”, um pastiche do Bee Gees, uma das bandas favoritas de King, e que
foi gravada com arranjos orquestrais adicionados por Arthur Greenslade.
O grupo trocou várias vezes de nome,
incluindo a sugestão de King como Gabriel's Angels e Champagne Meadow, de
Phillips, antes de tomar outra sugestão de King, Genesis, a qual indicava o
início de sua carreira como produtor.
King escolheu “The Silent Sun” como seu
primeiro single, com “That's Me” no lado B, e foi lançado em fevereiro de 1968.
Ele conseguiu alguma divulgação na BBC Radio One e na Radio Caroline, mas não
conseguiu ser viável comercialmente.
Um segundo single, “A Winter's
Tale”/“One-Eyed Hound”, em maio de 1968, que também vendeu pouco. Três meses
depois, o baterista Chris Stewart deixou o grupo para continuar com seus
estudos. Ele foi substituído por outro pupilo da Charterhouse, John Silver.
From
Genesis to Revelation
O produtor da banda, Johnathan King, sentiu
que o grupo conseguiria um maior sucesso com um álbum. O resultado, From Genesis to Revelation, foi
produzido no estúdio Regent Sound, em dez dias, durante as férias de verão
(britânico) da escola, em agosto de 1968.
King montou as faixas como um álbum
conceitual, o qual ele mesmo produziu, enquanto o maestro Greenslade adicionou
mais arranjos orquestrais às músicas, algo sobre o qual a banda não foi
informada até o disco ter sido lançado. O guitarrista Anthony Phillips ficou
particularmente chateado com as adições de Greenslade.
Quando a gravadora Decca Records encontrou
uma banda americana já chamada Genesis, King se recusou a mudar o nome do
grupo. Ele alcançou um acordo removendo o nome do conjunto da capa do álbum,
resultando em um design minimalista, com o título do disco impresso em um fundo
preto liso.
Quando o álbum foi lançado, em março de 1969,
tornou-se um fracasso comercial, pois as lojas de discos o colocaram na seção ‘Religiosa’,
ao notarem a capa.
Um terceiro single, “Where the Sour Turns to
Sweet”/“In Hiding”, foi lançado, em junho de 1969. Nenhum dos lançamentos foi
comercialmente bem-sucedido e levou à ruptura da banda com King e a gravadora
Decca.
King continuou a manter os direitos sobre o
disco o qual viu inúmeras reedições. Em 1974, atingiu a principal parada
norte-americana, na 170ª posição.
Mudanças
de direção
Quando o álbum foi gravado, os integrantes da
banda seguiram seus caminhos separados por um ano; Gabriel e Phillips ficaram
na Charterhouse para terminar os exames, Banks matriculou-se na Universidade de
Sussex e Rutherford estudou no Farnborough College of Technology.
Eles se reagruparam, em meados de 1969, para
discutirem seu futuro, pois, se continuassem nos estudos, o resultado final
seria a divisão do grupo.
Phillips e Rutherford decidiram fazer música,
em uma carreira em tempo integral, pois começavam a compor músicas mais
complexas do que suas canções anteriores com King.
Após Banks e Gabriel se decidirem a seguir o
exemplo, os quatro retornaram ao Regent Sound, em agosto de 1969, e gravaram
mais quatro demos com Silver: “Family” (mais tarde conhecida como “Dusk”),
“White Mountain”, “Going Out to Get You” , e “Pacidy”.
A fita demo foi rejeitada por todos os selos
que a ouviram. Silver, então, deixou o grupo para estudar gerenciamento de
lazer, na América. Seu substituto, o baterista e carpinteiro John Mayhew, foi
encontrado quando o próprio Mayhew procurava por trabalho e deixou seu número
de telefone “com pessoas por toda Londres”.
No final de 1969, o Genesis se retirou para
uma casa de campo que os pais de Richard Macphail possuíam em Wotton, Surrey,
para compor, ensaiar e desenvolver o seu desempenho no palco. O grupo adotou
uma forte ética de trabalho, tocando juntos por até onze horas por dia.
Primeiras
apresentações
O primeiro show como Genesis aconteceu em
setembro de 1969, no aniversário de um adolescente. Foi o início de uma série
de shows em locais pequenos, por todo o Reino Unido, que incluíram uma aparição
em rádio, no Night Ride Show da BBC, em 22 de fevereiro de 1970, e uma
apresentação no Atomic Sunrise Festival realizado no Roundhouse, em Chalk Farm,
um mês depois.
Durante esse período, a banda se encontrou
com várias gravadoras sobre ofertas de contratos. As discussões iniciais com
Chris Blackwell, da Island Records, e Chris Wright, da Chrysalis, não tiveram
êxito.
Em março de 1970, durante a sexta semana
consecutiva em que o grupo se apresentava às terças-feiras à noite, no Jazz
Club, de Ronnie Scott, em Soho, membros da Rare
Bird, a qual o Genesis havia apoiado anteriormente, recomendaram a banda ao
produtor e chefe da A&R, John Anthony, da Charisma Records.
Contrato
com a gravadora
John Anthony assistiu a um dos shows do
Genesis e gostou o suficiente para convencer seu chefe, o proprietário do selo,
Tony Stratton-Smith, a assistir sua próxima aparição. Stratton-Smith concordou
em um acordo de gravação e gerenciamento, dentro de duas semanas, pagando ao Genesis uma quantia inicial de £ 10 por
semana (o equivalente a £ 100 em 2017). O Genesis
permaneceu em Wotton até abril de 1970, altura em que eles já possuíam material
novo suficiente para um segundo álbum.
Segundo
álbum a caminho
Em julho de 1970, o Genesis entrou no Trident Studios, em Londres, para gravar um novo
álbum. E o grupo foi acompanhado pelo produtor e engenheiro de gravação John
Anthony.
O conjunto tinha material suficiente para
gravar dois álbuns, mas sentiu que algumas músicas não eram suficientemente
fortes.
O álbum seria batizado como Trespass, e marcou uma ruptura das
músicas mais orientadas para o pop, como exibidas em seu primeiro álbum, From Genesis to Revelation, para um rock
progressivo com fortes toques Folk.
A capa do álbum foi feita pelo artista Paul
Whitehead, que também fez as capas para os próximos dois álbuns da banda.
Whitehead terminou a capa e depois a banda
acrescentou “The Knife” ao track list. Sentindo que a capa não mais se ajustou
ao humor do disco, o grupo pediu a Whitehead para que a refizesse.
Enquanto Whitehead esteve relutante em
refazê-la, os membros do conjunto o inspiraram a cortar a tela com uma faca
real. A coisa toda foi fotografada, mas ficou azul quando revelada, devido à
iluminação na sala.
Bem, vamos às faixas:
LOOKING FOR SOMEONE
O disco abre com uma faixa que demonstra que
o Genesis estava diferente. Algumas características que se tornariam parâmetros
para o grupo já aparecem, ainda que em forma não completa. Mudanças de
andamento, elementos Folk com roupagem Rock, suavidade em contraponto com
momentos mais agressivos. Destaque para a voz de Peter Gabriel e os teclados de
Tony Banks.
A letra pode ser inferida como uma história
de recomeço:
Nobody needs to discover me,
I'm back again
You feel the ashes from the
Fire that kept you warm
Its comfort disappears,
But still the only friend I know
Would never tell me where I go
WHITE MOUNTAIN
"White Mountain" é de uma beleza
pouco comum. Sua sonoridade contém uma inegável pegada folk, com o trabalho
acústico de Anthony Phillips e Mike Rutherford. Lindas abordagens de Tony
Banks, criando um ambiente místico e lúdico, enquanto a atuação vocal de Peter
Gabriel assombra.
A letra conta uma história de fantasia:
Steep, far too steep, grew the pathway ahead
Descent was the only escape
A wolf never flees in the face of his foe
Fang knew the price he would pay
One-eye stood before him
With the crown upon his head
Sceptre raised to deal the deadly blow
VISIONS OF ANGELS
Realmente tocante a beleza da melodia que sai
do piano de Tony Banks na introdução de "Visions of Angels". E é o
tecladista que domina esta canção, criando belas camadas sonoras, com bastante
criatividade. Outra bela presença da voz de Peter Gabriel.
A letra questiona a presença divina no
planeta:
I believe there never is an end
God gave up this world its people long ago
Why she's never there I still don't understand
STAGNATION
"Stagnation" aposta na sutileza e
na delicadeza, construindo uma pequena obra-prima. O teclado cria atmosferas
incríveis, enquanto o trabalho acústico dos violões de Phillips, Rutherford e
do próprio Banks fornece um clima dramático, levemente sombrio, mas, ao mesmo
tempo, impactante.
A letra é em tom de resignação:
To take all the dust and the dirt from my throat
I want a drink, I want a drink
To wash out the filth that is deep in my guts
DUSK
Já "Dusk", é uma balada simples e a
menor faixa de Trespass. A influência da musicalidade Folk se mantém, com a
flauta de Peter Gabriel se destacando, além de uma bela aparição de sua voz.
Belíssima composição.
A letra possui um sentido de fatalidade:
A
pawn on a chessboard,
A false move by God will now destroy me,
But wait, on the horizon,
A new dawn seems to be rising,
Never to recall this passerby, born to die
THE KNIFE
A sexta - e última - faixa de Trespass é
"The Knife". A clássica e atemporal música de encerramento do álbum é
um grande momento de ode ao Rock Progressivo. Mudanças de andamento e clima,
com toques sinfônicos, presença da flauta de Gabriel nas passagens mais suaves,
alternando peso e leveza, agressividade e sutileza, caos e ordem. Canção
monumental!
A letra da canção é uma espécie de protesto:
Stand up and fight, for you know we are right
We must strike at the lies
That have spread like disease through our minds
Soon we'll have power, every soldier will rest
And we'll spread out our kindness
To all who our love now deserve
Some of you are going to die -
Martyrs of course to the freedom that I shall provide
“The Knife” é uma canção clássica do Genesis.
Sua primeira parte foi lançada como single
para promover Trespass, mas não
obteve êxito em termos das principais paradas de sucesso desta natureza.
A capa do single é uma arte contendo imagens
de Gabriel, Rutherford e Bankes, além de Phil Collins e Steve Hackett. Collins
e Hackett não tocaram na canção, mas se juntaram ao grupo logo após o álbum ter
sido gravado, substituindo John Mayhew e Anthony Phillips, respectivamente.
Nas letras da música, Peter Gabriel,
influenciado por um livro sobre Gandhi, tentou demonstrar que todas as
revoluções violentas terminam com um ditador sendo elevado ao poder.
“The Knife” costumava ser executada como um
bis. Durante uma apresentação, em junho de 1971, Peter Gabriel ficou tão
empolgado no final da música que pulou do palco para o público, torcendo o
tornozelo como resultado.
“The Knife” foi a única canção de Trespass
que permaneceu por mais tempo no set list dos shows do grupo através dos
tempos.
Considerações
Finais
Embora seja um álbum de qualidade
indubitável, Trespass não repercutiu
em termos das principais paradas de álbuns do mundo, as britânica e
norte-americana.
Entretanto, o disco foi bem do outro lado do
Canal da Mancha, na Europa Continental, especialmente na Itália. Na Bélgica,
atingiu o topo da parada do país, resultando no primeiro convite para o Genesis
tocar fora do Reino Unido.
Trespass foi
um fracasso comercial. Mas, com o passar do tempo e o crescimento da
popularidade do grupo, chegou até a aparecer na principal parada britânica, já
em 1984, na 98ª posição.
O disco foi amplamente ignorado pela imprensa
musical no seu momento de lançamento. A revista norte-americana Rolling Stone,
em uma revisão extremamente breve, mas inequivocamente negativa, de 1974,
apontou: “É fraco, mal definido, às vezes aborrecido e deve ser evitado por
todos, exceto os fãs mais rabiosos do Genesis”.
A revisão retrospectiva de Bruce Eder, do
site AllMusic, dá ao álbum uma nota 2 de um máximo de 5, resumindo que o disco
“é mais interessante para o que ele aponta do que para o que realmente é”.
Eder também afirma que as guitarras são tão
baixas na mixagem que são quase inaudíveis, deixando os instrumentos de
teclado, de Banks, proeminentes. Bruce Eder não considera o fato ruim, mas diz
que não é o Genesis que ficou
mundialmente conhecido.
Trespass
incluiu músicas mais longas e mais complexas do que as do primeiro disco, com
elementos folk e de rock progressivo, com várias mudanças de assinatura de
tempo, como na música de nove minutos “The Knife”.
Depois que Trespass foi gravado, a saúde e o desenvolvimento do medo de palco
causaram que o guitarrista Anthony Phillips deixasse o Genesis. Seu último show com a banda ocorreu em Haywards Heath, em
18 de julho de 1970.
Ademais, Phillips sentiu que o aumento do
número de shows afetou a criatividade do grupo e que várias músicas as quais
havia composto não foram gravadas ou tocadas ao vivo. Ele havia contraído
pneumonia brônquica e se isolou do resto da banda, sentindo que havia muitos
compositores no Genesis.
Banks, Gabriel e Rutherford viam Phillips como
um membro importante, sendo o maior instrumento em encorajá-los a se tornarem
profissionais. Eles consideraram sua saída como a maior ameaça ao futuro da
banda e a mais difícil de se superar.
Gabriel e Rutherford decidiram que
continuariam; Banks concordou com a condição de encontrassem um novo baterista
que fosse de igual estatura para o restante do grupo. John Mayhew foi
despedido, apesar de Phillips, mais tarde, ter pensado que a origem de classe
trabalhadora de Mayhew se chocava com o berço do restante da banda; e que este
fato afetou sua confiança.
Em 1971, com novos membros como guitarrista e
baterista, o Genesis lançaria Nursery Crime, seu terceiro álbum de estúdio. Mas
isto é história para um futuro post.
Formação:
Peter Gabriel - Vocal, Flauta, Acordeão,
Tamborim
Anthony Phillips - Guitarra acústica de 12
cordas, Guitarra-solo, Dulcimer, Vocais
Tony Banks - Órgão, Piano, Mellotron,
Guitarra acústica de 12 cordas, Vocais
Mike Rutherford - Guitarra acústica de 12
cordas, Baixo, Violão, Violoncelo, Vocais
John Mayhew - Bateria, Percussão, Vocais
Faixas:
01. Looking for
Someone (Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 7:06
02. White
Mountain (Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 6:45
03. Visions of
Angels (Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 6:51
04. Stagnation
(Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 8:45
05. Dusk
(Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 4:15
06. The Knife
(Banks/Gabriel/Phillips/Rutherford) - 8:55
Opinião do Blog:
Um dos maiores expoentes do Rock Progressivo
britânico finalmente estreia aqui nas páginas do RAC: o Genesis. Demorou, mas
finalmente este dia chegou.
A banda pode ser considerada um dos pilares
do estilo, extremamente talentosa e criativa e que acabou auxiliando na criação
e desenvolvimento de muitas facetas que encantam os fãs desta fascinante
vertente do Rock.
Trespass é um trabalho que antecede o ápice
criativo do Genesis, mas, entretanto, é um disco que demonstra a transição pela
qual o grupo passava: deixando a sonoridade de seu primeiro álbum, mais art
rock e psicodélica; enquanto se apresentou bem mais progressivo neste disco. E,
confessa-se, o RAC adora álbuns que se passam nestes momentos.
O que se ouve em Trespass é uma banda que
aposta na técnica, em mudanças de andamento e ritmo nas músicas e também flerta
casuisticamente com o sinfônico. A beleza das melodias é uma constante, com o
grupo construindo as canções apostando mais na sutileza e na delicadeza.
O vocalista Peter Gabriel esbanja talento,
testando sua voz em momentos mais suaves e em outros mais agressivos. Também
mostra virtudes como flautista. Anthony Phillips é um bom guitarrista, embora o
grande destaque do disco, para o Blog, seja o tecladista Tony Banks.
As letras são boas e merecem uma conferida.
"White Mountain" é ótima, voltada
para a leveza e a sutileza e com um ápice apoteótico. "Stagnation" é
outra grande canção sendo impactante mesmo com uma atmosfera sutil.
Mas a preferida do RAC é mesmo o clássico
"The Knife", uma amostra real do potencial do Genesis e de como a
banda poderia ser protagonista no Rock Progressivo.
Enfim, Trespass é um álbum de transição,
contando com uma banda muito talentosa, buscando sua identidade musical e em
plena transformação. Ainda não é o Genesis que conquistaria o mundo em obras
antológicas como Selling England by the Pound, mas é um disco extremamente
interessante e bem recomendado pelo Blog.