segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

BLIZZARD

BLIZZARD OF OZZ

 

Lançamento: 12/09/1980

Estúdio: Ridge Farm Studios, Rusper, UK

Duração: 39:31

Selo: Jet Records

Produção: Ozzy Osbourne, Randy Rhoads, Bob Daisley, Lee Kerslake

 

Em primeiro lugar, é necessária uma volta ao ano de 1978. Foi naquele ano que Ozzy gravou seu último álbum junto ao Black Sabbath, Never Say Die! A gravação, que ocorreu no Canadá e durou cerca de cinco meses, foi massacrante, e com os membros da banda envolvido com as drogas. O álbum não recebeu críticas positivas e a banda foi excursionar pelo mundo com o Van Halen como banda de abertura.

 

Os shows com uma banda jovem, talentosa e cheia de garra como o Van Halen fizeram as apresentações do Sabbath serem chamadas de “cansadas e sem inspiração”. O último show de Ozzy à frente do Sabbath, antes das reuniões, foi em 11 de dezembro de 1978, em Albuquerque, Novo México.

 

Em 1979, o Black Sabbath voltaria aos estúdios para gravar um novo álbum. Ozzy afirma que foi chamado inúmeras vezes para gravar os vocais e que o guitarrista Iommi reescrevia as músicas infinitas vezes. Com o apoio do baixista Geezer Butler e do baterista Bill Ward, Ozzy foi demitido da banda, em 27 de abril de 1979, acusado de estar em constante abuso de álcool e drogas. Ozzy afirma que seu estado de abuso de drogas, à época, não era nem maior e nem menor que de seus companheiros de banda.

 

Ao deixar o Sabbath, Osbourne relembrou: "Recebi £ 96.000 pela minha parte do nome, então simplesmente me tranquei e passei três meses cheirando cocaína e bebendo. Meu pensamento era: 'Esta é minha última festa, porque depois disso, voltarei para Birmingham e para o desemprego."

 

No entanto, Don Arden, seu empresário, conseguiu um contratou com a Jet Records, pra gravar novo material. Arden despachou sua filha Sharon para Los Angeles para "cuidar das necessidades de Ozzy, quaisquer que fossem", e proteger seu investimento.

 

Inicialmente, Arden esperava que Osbourne voltasse ao Sabbath (que ele estava administrando pessoalmente na época), e mais tarde tentou convencer o vocalista a nomear sua nova banda de "Son of Sabbath", que Osbourne odiou.

 

Sharon tentou convencer Osbourne a formar um supergrupo com o guitarrista Gary Moore. "Quando eu morava em Los Angeles", relembrou Moore, "[a banda de Moore] G-Force o ajudou a fazer um teste de músicos. Se os bateristas estivessem tentando, eu tocava guitarra e, se um baixista aparecesse, meu baterista ajudaria. Nós sentíamos pena dele, basicamente. Ele estava sempre rondando tentando me convencer a entrar, mas eu não estava querendo nada disso.

 

Ozzy entrou em depressão e abusou ainda mais de seus vícios. Sua vida só voltaria ao normal quando sua nova manager, e futura mulher, Sharon Arden, o incentivou a procurar novos músicos e a fundar uma nova banda.

 

Um amigo de Ozzy sugeriu a ele que fizesse uma audição com um guitarrista da banda de sua cidade natal, chamada Quiet Riot e que também ganhava a vida ensinando música. Seu nome era Randy Rhoads. Após a audição, o guitarrista se mostrou a escolha mais acertada de Ozzy.

 

No final de 1979, sob a gestão dos Ardens, Osbourne formou o Blizzard of Ozz, apresentando o baterista Lee Kerslake (do Uriah Heep), o baixista e letrista Bob Daisley (do Rainbow e, mais tarde, do Uriah Heep), o tecladista Don Airey (do Rainbow e, posteriormente, do Deep Purple) e o guitarrista Randy Rhoads (do Quiet Riot).

 

A gravadora acabaria por intitular o álbum de estreia do grupo Blizzard of Ozz, creditando-o simplesmente a Osbourne, iniciando assim sua carreira solo. Co-escrito com Daisley e Rhoads, trouxe a Osbourne um sucesso considerável em seu primeiro esforço solo. Embora seja geralmente aceito que Osbourne e Rhoads começaram a banda, Daisley afirmou mais tarde que ele e Osbourne formaram a banda na Inglaterra antes de Rhoads se juntar oficialmente.

 

A capa apresenta uma imagem de Ozzy Osbourne vestido com uma capa vermelha e segurando um crucifixo. Surreal.

 

 

Ozzy disse que o primeiro álbum foi muito divertido de se fazer, pois, segundo ele, não tinha nada a perder. Ele definiu aqueles tempos como “party time”.

 

“I Don’t Know” abre o álbum magistralmente. O riff inicial mostra que Randy Rhoads foi uma escolha mais que acertada. Veloz e empolgante, a faixa conta com o vocal de Ozzy fazendo a diferença. O solo é brilhante.

 

“Crazy Train” é, possivelmente, a faixa mais famosa da discografia solo de Ozzy Osbourne. O riff é um dos mais conhecidos de todos os tempos, incrivelmente inspirado, forte, marcante. Os vocais de Ozzy são dos melhores momentos da carreira do vocalista. O solo é absolutamente perfeito, Rhoads dava mostra do grande guitarrista que foi.

 

O single “Crazy Train” alcançou a posição número 49 na parada britânica.

 

Presença obrigatória nos shows do madman, “Crazy Train” foi regravada por vários outros artistas. Podemos citar Skid Row, Dee Snider e Bullet For My Valentine. Também é uma das faixas mais tocadas em arenas esportivas nos Estados Unidos e fez parte de muitas trilhas sonoras de filmes e séries de TV.

 

A letra de “Crazy Train” se refere à guerra-fria, com a população mundial sendo feita de bobos enquanto as potências se ameaçavam. Mas a canção tem uma mensagem positiva, quando afirma a crença que o amor suplantaria o ódio.

 

“Good Bye To Romance” é a terceira faixa do álbum e a primeira balada romântica da carreira solo do vocalista. Em ritmo bem lento e cadenciado, a faixa quebra o ritmo do álbum, mas de maneira alguma é um fato ruim. O solo é belíssimo. A partir dela, Ozzy sempre incluiu baladas em seus álbuns, quase sempre muito bem sucedidas.

 

Outra canção forte do álbum é “Suicide Solution”. A faixa tem um ótimo riff bem pesado. Possui um belo solo e os vocais de Ozzy são muito bem colocados, lembrando sua fase no Sabbath.

 

A canção envolveu Ozzy em uma situação controversa. O vocalista foi chamado a um tribunal para responder a um processo por incitação ao suicídio, sendo acusado de que a música teria mensagens subliminares que levaram um jovem de 14 anos a se matar.

 

Em sua defesa, Ozzy afirmou que a letra foi inspirada na morte de Bon Scott, vocalista do AC/DC que morrera em fevereiro de 1980 vítima do abuso do álcool. O baixista Bob Daisley, que auxiliou Ozzy na composição da música afirmou que o próprio Ozzy foi uma inspiração para a letra. Evidentemente, foram todos inocentados.

 

“Mr. Crowley” é outro sucesso estrondoso do álbum e da carreira de Ozzy, presença mais que obrigatória nos shows da banda. O solo tocado nos teclados que introduz a faixa é magnífico e facilmente reconhecido por qualquer fã da música quando tocado, momento brilhante da carreira de Don Airey.

 

Os solos de guitarra, especialmente o último, realizado pelo guitarrista Randy Rhoads, é um dos melhores solos do Rock em todos os tempos, absolutamente genial, mistura da apurada técnica de Randy com um feeling absurdo.

 

As letras da música foram inspiradas pela admiração que tanto Ozzy quanto Bob Daisley tinham pelo escritor ocultista Aleister Crowley.

 

“Mr. Crowley” foi o segundo single retirado do álbum e foi uma canção que também contou com muitos covers, alguns deles feitos por Joe Lynn Turner, Tim ‘Ripper’ Owens, Cradle Of Filth, George Lynch e muitos outros.

 

O álbum ainda conta com “Dee”, um solo do guitarrista Randy Rhoads e a pesadíssima e rápida “Steal Away (The Night)”, duas ótimas faixas.

 

Blizzard Of Ozz foi um dos poucos sucessos comerciais que não contou com a ajuda de nenhum single que esteve numa posição top 40. O álbum vendeu mais de 6 milhões de cópias pelo mundo e é o maior sucesso da carreira solo de Ozzy.

 

Para a turnê de suporte ao álbum, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake foram substituídos, respectivamente, por Rudy Sarzo e Tommy Aldridge, respectivamente.

 

Em 2002 houve um relançamento de Blizzard Of Ozz, mas que gerou muita polêmica e teve péssima recepção pelo público fã de Rock. As gravações originais do baixo, feitas por Bob Daisley, e da bateria, feitas por Lee Kerslake, foram substituídas por novas gravações feitas por Robert Trujillo (hoje no Metallica) e Mike Bordin. Tanto Daisley quanto Kerslake processaram Ozzy nos anos 80 alegando que não receberam compensação financeira devida pelas contribuições na composição autoral das músicas dos álbuns Blizzard Of Ozz e Diary Of A Madman, de 1981.

 

Mas em 2010 foi feito um novo lançamento do álbum, agora, contando com todas as gravações originais.

 

Formação:

Ozzy Osbourne – Vocal

Randy Rhoads – Guitarra

Bob Daisley – Baixo, Backing Vocals

Lee Kerslake – Bateria

Don Airey – Teclado

 

Faixas:

01. I Don't Know (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 5:13

02. Crazy Train (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 4:51

03. Goodbye to Romance (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 5:33

04. Dee (R. Rhoads) - 0:49

05. Suicide Solution (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 4:17

06. Mr. Crowley (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 5:02

07. No Bone Movies (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley/L. Kerslake) - 3:52

08. Revelation (Mother Earth) (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 6:08

09. Steal Away (The Night) (O. Osbourne/R. Rhoads/B. Daisley) - 3:28

 

Letras:

Para o conteúdo das letras, recomendamos o acesso a: http://letras.terra.com.br/ozzy-osbourne/

 

Opinião do Blog:

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Crazy Train 49ª posição UK

Mr. Crowley – não repercutiu

 

Blizzard – 7a UK e 21a Billboard 200

5 milhões de cópias vendidas

Em 2017, ficou em 9º lugar na lista da Rolling Stone dos "100 melhores álbuns de metal de todos os tempos".

 

Letras: Mr. Crowley inspira-se no ocultista Aleister Crowley, escritor, ocultista britânico, fundador do culto chamado Thelema. Suicide Solution possui uma letra simples que fala de vícios e consequências enquanto Goodbye to Romance é uma metáfora de Ozzy e sua saída do Sabbath.

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